terça-feira, 18 de maio de 2021

Edir Pina de Barros

 



Membro Fundador
Integrante da Diretoria

Cadeira nº 6 – Edir Pina de Barros
Patrono - Cecília Meireles


Edir Pina de Barros é membro fundador da Academia Brasileira de Sonetistas, integrante de sua diretoria. É, também, membro da Academia Virtual de Poetas de Língua Portuguesa (Cadeira Auta de Souza), de Poetas del Mundo e sócia benemérita da Academia de Letras de Taguatinga (Brasília). Participa do livro 80 Balas, 80 Poemas, organizado por Claudio Daniel (versão virtual, Zunái, 2.020). Publicou poemas nas coletâneas Poesia em tempos de barbárie e A noite dentro da Ostra, organizadas por Claudio Daniel (Lumme Editor, ambas 2.019). Seus poemas estão disponíveis em mais de dez livros, antologias (Brasil e Portugal) e revistas eletrônicas (Ruído Manifesto, Portal Vermelho, Quatetê, Ser MulherArte e outras). É antropóloga, professora universitária aposentada e perita judicial (terras indígenas e quilombolas). Bacharelou-se em Ciências Sociais na Universidade de Brasília, onde obteve o grau de Mestre em Antropologia Social. É doutora e pós-doutora pela Universidade de São Paulo. Docente de programas de pós-graduação foi membro de bancas avaliadoras de dissertações em várias universidades, além da UFMT, dentre elas a USP e a Unicamp. Organizou livros, publicou capítulos em vários livros e artigos em revistas nacionais e estrangeiras (Espanha, Argentina, Portugal, Polônia). Seu livro, Os Filhos do Sol (EDUSP, 2.003), foi indicado ao Prêmio Jabuti 2004 pela Universidade de São Paulo. Em 2001 foi homenageada pela Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso a título de “Reconhecimento pela dedicação à luta em defesa dos povos indígenas brasileiros”. Filha do poeta sonetista Antonio Lycério Pompeo de Barros, nasceu em Mato Grosso do Sul e hoje reside em Brasília.

QUEM EU SOU

Sou do cerrado, simples, pequenina,
nascida em terra fértil, firme e pura,
na qual raízes rasgam terra dura,
a sustentar a vida campesina.

Sou simples Flor que viça na campina
mas trago em mim o bálsamo que cura
a dor do amor, da mágoa, da tristura,
sou resistente e forte: sou taurina.

A Flor dos povos índios renascidos,
depois de tantos tempos transcorridos,
também, de muita luta por seu chão.

Assim eu sou: a Flor que viça em versos,
que arranca das entranhas, seus anversos,
razão para viver, sem ser em vão.

Flor do Cerrado
Edir Pina de Barros

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