sábado, 22 de maio de 2021

Luciana Nobre

 

Cadeira nº 24 - Luciana Nobre

Patrono - Cruz e Souza


Filha de Maria Eunice Nobre e Walter Ferreira Nobre, Maria Luciana Nobre Queiroz, nasceu em Fortaleza/CE, em 7 de março de 1980. Aos 14 anos, mudou-se definitivamente para Manaus/AM, onde se viu encantada pela AMAZÔNIA. O gosto pela escrita começou aos 8 anos, quando se pôs a rabiscar os primeiros versos, e não parou mais. Formou-se em Letras pela Universidade Federal do Amazonas, onde também cursou especialização em produção de texto. Hoje, sonetista, declama a floresta em suas rimas, pelo que é chamada por amigos mais próximos de poeta verde. Mas não apenas, sua poesia é universal, e entre seus thematas estão o amor, o ser poeta, o existir, a saudade. Por alguns anos, lecionou língua e literatura portuguesas e atualmente atua como redatora e revisora na administração pública estadual. Mãe de 3 filhos, seu gosto pela literatura sempre lhe motivou a escrever gêneros literários, em especial contos e crônicas, quando os compromissos assim o permitem, mas sua paixão mesmo são os sonetos. Luciana é membro-fundadora da Associação Brasileira de Poetas e Escritores Pan-Amazônicos -ABEPPA, e participou das antologias 'Escrever é uma arte' , 'A imortalidade Amazônica' e 'De mim para ti', esta última em Portugal. Para ela, escrever é uma paixão antiga é de certa forma descompromissada, mas alimenta planos de se engajar a esta arte cada vez mais.

QUEM SOU?

Eu venho lá das bandas do Nordeste!
Família imensa trouxe-me a reboque.
Dancei ao som de foles em retoque,
mas logo pai tocou baião celeste!

De minha mãe, herdei sua força agreste!
Ninava-nos depois de à overlock.
Da rude chita ao mais sensível toque,
cosiu-me com exemplo que se preste!

O rio-mar cruzei, de água tão doce,
quão doces as promessas de um futuro:
ah quem nos dera achar lugar que fosse!

No seio da floresta, hoje me entranho...
menina fui mulher, fui mãe, e juro:
cuscuz com jaraqui é muito estranho...

Luciana Nobre 

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