terça-feira, 18 de maio de 2021

Paulo Veras

 

Cadeira nº 15 - Paulo Veras


Patrono - Raimundo Correia


PAULO Fernando Torres VERAS, nascido em 26.12.1943, em Tamboril-CE.
Foi para a cidade do Ipu-CE com um ano de idade. Ali aprendeu a admirar as belezas naturais, ao pé da bica cujas águas descem majestosas da Serra Grande, passam pelo aprazível banho do Gangão e seguem risonhas o benfazejo riacho para mitigar a sede do sertão em frente.
Desde os cinco anos de idade já apreciava cordéis (pelejas, romances etc.) lidos pelos irmãos e primos mais velhos. No Ipu ouvia cantadores de viola, dentre eles o respeitadíssimo Cego Aderaldo, que ali se apresentou certa vez acompanhado do seu guia e filho adotivo de nome João Aderaldo, que também tocava rabeca.
Já morando em Fortaleza, cursando o ginasial, tomou gosto pelo Soneto, ao aprender as regras básicas com seu professor de Português no Liceu do Ceará.
Com um parente amigo (intelectual amante da poesia clássica) passou a ouvir, ler e admirar luminares da poesia erudita, especialmente o imortal Abílio Manuel Guerra Junqueiro (A lágrima, Caridade e Justiça, o Melro...).
Quando jovem, aprendiz de bandolim, fazedor de serenatas e frequentador das então popularíssimas casas noturnas, não teve como deixar de apreciar os tangos de Carlos Gardel e os sucessos de Orlando Silva, Núbia Lafayette e por aí vai. Naturalmente, recitando muitos poemas de amor aos amores proibidos.
Autor de mais de sessenta livretos de Cordel e dos livros: ‘Maria Mulher, as mães do Calvário’ (peça teatral versejada); ‘153 Grandes Peixes - Pesca milagrosa’ (romance), ‘Sonetos & Sonetos mais outros poemas’ (poesia) e ‘O Parlamento de Estagira’ (romance); do poema-oração ‘Via Crucis’. Autor do método ‘AMAVIDA – Ação de Mútua Ajuda para Melhoria da Qualidade de Vida’, com edição de cinco mil exemplares. Ultimamente, vem se dedicando a compor músicas, tendo mais de duas dezenas na sua página no Youtube.

QUEM SOU EU?

O que sou no meu corpo e minha mente,
Bem como filho, pai ou cidadão,
Trabalhador, colega, amigo, irmão?
Eu teria a resposta, de repente!

De Adão e Eva, um mero descendente,
Que por Graça de Deus se fez Cristão.
De avós e pais nascidos no sertão,
Também das secas sou sobrevivente.

De cidade em cidade fui crescendo...
Já passei dos setenta e não me rendo,
Perseguindo a ilusão de ser feliz!

Muito estudei. Nas Artes, na Ciência
Amealhei alguma experiência.
MAS, NA POESIA SOU ‘INDA APRENDIZ.


PAULO Fernando Torres VERAS

Paulo Veras
 

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